Fãs,
Eu sou a fronteira. À minha direita: a cidade. À minha esquerda: a floresta. Um dia a fronteira se extinguirá e, neste tempo, um mundo avançará sobre o outro: um perecerá. Será a cidade que avançará sobre a floresta? Serão prédios, cinzas, cimento e só. Será a floresta que avançará sobre os prédios? Será o verde, enlouquecedora, cerrada e intransponível mata? Hoje, vejo os macacos pregos de um lado, Floresta da Tijuca. Do outro, janelas e mais janelas que guardam gentes. Vejo favela: Borel! Chamam-na assim. Meus olhos podem ver, bem miúdos, meninos jogando bola e outros segurando armas. Meus olhos podem ver mães de macacos pregos que levam seus filhos nas costas. Um dia só restará um mundo. Um dia tudo será uma coisa só, como foi antes. Dizem que este dia não será da mata, tampouco do cimento: será do fogo.
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato
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Borges, essa foto sua com a floresta atrás ficou simplesmente lindíssima!!!
Linda fotos borginho! E ótimo texto! Ta morando pertinho de mim rsrsrs bjos
Alguns dizem que o mundo acabará em fogo,
Outors dizem em gelo.
Fico com quem prefere o fogo.
Mas, se tivesse de perecer duas vezes,
Acho que conheço o bastante do ódio
Para saber que a ruína pelo gelo
Também seria ótima
E bastaria.
Texto incrível, Borginho!
Congrats!!!
😉
Borginho apocalíptico. Lindo texto.
Com essa máquina dá pra ver a tela. Linda foto!