Abraços gigantes

Fãs,

Ela é pequena, mas seus abraços são gigantes. Disse: “É pelo seu amor por mim.” E eu não sabia que amor era esse e ela disse: “Mãe leu o texto que você me escreveu e eu só sei escrever amor com abraços.” Confesso que há bastante poesia naqueles abraços tão pequenos. São abraços de quem mal aprendeu a abraçar ainda, abraços cheios de unha, abraços desengonçados, são abraços infinitos. São abraços que começam com amor e logo vão se tornando irritantes: “Tá bom, Pessoa, já entendi, já entendi.” Seus abraços têm a desmedida de todos os jovens, têm a ingenuidade de quem acha que abraços mudam o mundo e, talvez mudem, ao menos o dela e o meu e, naquele momento de abraço, que mundo há que não seja o nosso, deste rabugento e desta criança em forma de gato?

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato