686

Afinal de contas

Fãs,

Gosto de contar as gotas da chuva. Quando o céu fica cinza e as árvores balançam ao vento, mio para que meu pai abra a janela e lá vou eu começar a contagem de gotas. No começo é fácil, cai uma, depois outra e assim vou contando. Depois aperta, rapidamente perco a contagem, mas fixo num ponto e conto quantas gostas batem ali. É como contar carneiros. Logo, estou dormindo na janela, mas no meu sonho, continua a chover e eu conto. Contar é um dos grandes remédios da vida. Quando se está nervoso, pede-se para contar até 10. Quando se está com insônia, pede-se para contar carneirinhos. São contagens inúteis, mas relaxantes. Tanto quanto contar histórias, que também é tão prazeroso e curativo que usaram o mesmo nome para se referir a esta ação: “contar”! Quando acordo, conto para meu pai o que sonhei e o quanto contei no sonho. São tantas histórias e tantos números uns dentro dos outros que acabo sempre perdendo as contas.

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato

686
Na janela, contando as gotas da chuva

5 comentários em “Afinal de contas

  1. Borginho,
    Quem disse que contar histórias é uma das contagens inúteis????
    Para mim é um serviço de utilidade pública.
    😉

Deixar um comentário