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Coffee

Fãs,

Como escritor, filósofo e intelectual felino, tenho por obrigação conviver com café. Não se preocupem, não sou humano, tampouco um papagaio para tomar café, mas convivo com ele. Aprendi com meu pai. Papai não fuma, mas disse que segurar um cigarro ou charuto aceso entre os dedos, o faz ficar com pinta de intelectual, logo, a imagem vence o conteúdo e as ideias vêm. O mesmo acontece com o café. Papai toma todos, mas deixa sempre a canequinha na minha frente, ele fala: “Filho, sente o cheirinho, pois escritor tem que saber conviver com café.” Arde os olhos, mas pelo menos me deixa um pouco mais acordado do que de costume. Gosto desse apreço que os humanos têm por coisas que fazem mal e geralmente, incentivadas pelos que se dizem intelectuais. Sempre eles, os inteligentes. Outro dia cheirei um café espresso (sim, é assim com s mesmo e não com x) tão forte que cheguei a dormir só 15 das minhas 16 costumeiras horas. Além de ficar diante do café diariamente, gosto quando alguns humanos usam a palavra coffee. Ela sempre ali, estampada em suas canequinhas. Tem também aquelas pessoas que falam: “É hora do Coffee!” Gosto disso, pois papai me ensinou que coffee, neste sentido, muitas vezes não quer dizer café, quer dizer hora da pausa, do descanso e coisas do tipo. Ou seja, desse café eu gosto a ponto de me afogar nele. O café que não tira o sono, o café que traz. O café que nos mantém acordados nos sonhos.

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato

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2 comentários em “Coffee

  1. Também adoro café mas a parte do intelectual deixo para ti e seu pai.
    Olha essa xícara é muito linda! *_*

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