Fãs,
Eu estava esparramado na cama, sem nada para fazer. A audição boa proporciona aos gatos, com um pouco de atenção, escolher que conversa quer ouvir. Os vizinhos da direita falavam de viagens:
– Ah, quando fui para Paris, adorei. Mas, sabe, preferi Londres.
– Já eu gostei de ir a Tóquio, depois Tailândia.
E ficaram ali, disputado quem tinha feito as melhores viagens e passado pelos melhores lugares.
Os vizinhos da esquerda conversavam de bebidas:
– Tomei um Whiski envelhecido por 50 anos, estava delicioso.
– Ah, eu tomei outro dia uma bebida que só naquele restaurante sabem fazer, chama-se Hollywood Baby Party é de Vodka com saquê, chiclete e pedacinhos de lichia.
E ficaram ali, disputando quem tinha tomado as melhores bebidas e contando histórias de porres homéricos.
Passei a prestar atenção na conversa dos vizinhos da frente:
– Tu não sabe! Era uma loira, uma morena, uma ruiva e uma negra. Todas olhando pra mim quando cheguei…
– Ih, você não sabe, a irmã do Zequinha, que agora é dançarina daquele programa lá, esqueci o nome… pô, ela tava doidinha pra sair comigo.
E ficaram ali, disputando quem tinha sido assediado pelas mais belas mulheres.
Ah, fãs, os humanos. Tão viajados, tão descolados e tão desejados. Fazem tantas coisas que esquecem o prazer que há em não fazer coisa alguma.
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato
O ócio produtivo, produz fofices!!! Borginho, o fofo!!!
Aprecio muito o prazer de não fazer nada, Borginho, por isso me identifico com os miaus e essa competição humana, uma busca ridícula por status, muitas vezes, m status que nem poderiam ter, levam os humanos a parecerem mais ridículos do que o são, pois veja só você, por causa dessa busca, trabalham mais e mais para manter o que pensam que podem ter e com isso vivem sufocados em prestações sem fim e nada de aproveitar a delícia do ócio felino, que é grátis, rs…
aaaaaaaaah que saudade de fazer coisa nenhuma! 😉
Borginho, amei! Que tal um bate-papo entre você e o Domenico de Masi? rsrsrsrs… Lambeijos, querido!
Confesso que resisti bravamente a essa arte, mas confesso que nada hoje me é mais prazeroso que fazer quase nada – ainda me dedico a afofar a Skyler nestes momentos perfeitos do meu “dolce far niente”.
Nuh!!!
Disse tudo!!!!
Os humanos vivem competindo pra ver quem é mais, quem tem mais, quem viu mais, quem mais, mais, mais….
Mal sabem eles que menos também pode ser bom!
Sabichão!!!
😉
Concordo Ethel!
Amei o texto Borginho. Fazer nada também dá trabalho. Por isso que muitos não conseguem. kkkkkkkkkkk
É porque os humanos não tem competência nem para saberem como melhor aproveitarem o que a vida de melhor oferece: curtir preguiça! Coisa que só vcs, felinos fazem tão bem que acho que são doutores nisso 😉 ♥
Deitar e pensar na vida até cair no sono, tem algo melhor??