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Divã do Borges 41: Ensaio sobre a cegueira

divã

Olá, caros fãs, clientes, pacientes.

Como vão?

Eu vou bem… vistas cansadas de tanto ler livros de psicologia, comportamento felino e neurocirurgia em animais quadrúpedes que fazem miau.

Hoje recebo em minha sala a tia Mira Serrano Pires. Vamos acompanhar sua história:

O CASO

Olá, Borginho, tudo bem?
Sou uma mãe de gatinhos e estou muito preocupada. Há dois anos eu adotei uma gatinha arisca chamada Lisa (ela já veio adulta, vítima de maus tratos) e também um gatinho bem manso chamado Larry (veio bebezinho ainda). Eles se davam muito bem.
Acontece que decidi adotar outro gatinho ceguinho jogado na rua e os outros dois não gostaram nenhum pouco. Inclusive o Larry sumiu! Moro em um sobrado e não tive como mantê-lo em casa. Ele está desaparecido há 10 dias e eu nem sei mais o que fazer. Tinha coleira com identificação e telefone, mas ninguém liga. Fico rodeando o bairro o tempo todo e nem sombra dele.
Já a Lisa ficou, só que ela está muito arisca e perseguindo o ceguinho o tempo todo. Estou com muita dó do novo gatinho porque ele está morrendo de medo.

Por favor me ajude! 🙁

Obrigada,
Mira

ANALISANDO:

– Dois gatinhos que se dão bem, mas não gostam do gatinho cego.

– Um gatinho sumiu. Sumiu!! Está escrito!

– A gatinha persegue o gatinho cego que morre de medo.

SOLUÇÃO:

Vamos, lá, tia. A primeira coisa que você tem que fazer é perguntar para o gatinho cedo se ele viu onde está o gatinho desaparecido. Huuum… esquece.

Vamos recomeçar. Primeiro temos que entender que os dois tinham implicância com o gatinho cego, pois ele, além de ser novo no ambiente, deveria receber todos os paparicos possíveis por ser cego. Então, os outros se sentiram ameaçados. O que uma psicologia mais tradicional recomendaria é que você cegasse os outros dois para eles ficarem todos iguais, mas eu jamais recomendaria uma coisa dessas, então é melhor que você cadastre seu filho na fila de transplante de córneas felinas e, assim que ele conseguir a doação, ele voltará a enxergar e se aproximará com mais facilidade do seus irmãos.

Quanto ao gatinho que sumiu, como isso é um divã, fica difícil achar alguma resposta. Mas, se ele sumiu ele deve aparecer. Se ele tivesse fugido é que seria mais difícil. Mas faça o seguinte, já que ele sumiu e não fugiu, peça para que o gatinho cego, com seu sexto sentido, tente encontrar o irmão. Assim que achá-lo, jogue tinta amarela em cima para que ele possa aparecer novamente.

Quanto à gatinha que persegue o cego, deve-se saber os reais motivos da perseguição. Às vezes ela só vai atrás dele para ajudá-lo a atravessar a rua, ou algo do tipo. Talvez se preocupe em fazer-lhe sempre companhia. Não podemos olhar sempre pelo lado negativo.

Então vamos lá, siga os passos em ordem: peça para o gatinho cego encontrar o gato sumido, jogue tinta amarela no sumido, ele aparecerá. Depois disso, faça o transplante de córneas no gatinho cego, ele volta  a enxergar, os outros dois perdem o ciúmes e tudo fica bem como dantes.

Mais um caso resolvido.

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato

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9 comentários em “Divã do Borges 41: Ensaio sobre a cegueira

  1. Triste pelo Larry que sumiu………… Se ele for encontrado, avise pra gente ficar tranquila.
    E sobre as recomendações do Dr. Borges:
    ASHUASHAUHSUAHSUAHSUAHSUAHSUAHSUAHSUAHSU!!!
    Pedir pro gatinho cego encontrar o outro??? Hahahahah
    Borginho Crazy!!!
    😉

  2. Nossa, fiquei muito triste pelo gatinho ter sumido! 🙁
    Espero que ele esteja bem e volte logo, para casa!
    Avisa se ele aparecer no grupo do Borginho!
    Boa sorte!

  3. Mira, continue procurando o Larry pela vizinhança. Avise a todos q puder, mostre fotos dele, insista, nao perca as esperanças. Ele deve estar apavorado na rua, com fome e sede. Nao desista dele, por favor. Digo isso pq passei, ha pouco tempo, por situaçao semelhante a sua.
    Ha alguns meses trouxemos p/ casa uma gatinha de rua idosa, de 10 anos. Como é muito arisca e nao se da bem com meus outros gatos, fugiu. Fiquei desesperada, diziamos a todo mundo como ela é, se a vissem nos chamassemos…enfim, achamos. Certamente vc tbm o encontrará. Torço p/ q tenham o msm final feliz q tivemos.
    Ah, qdo ele voltar, nao permita q fuja novamente, figie-o. Outra coisa, vc vai precisar manter o ceguinho em um ambiente sem contato com os outros dois, pelo menos até adaptarem-se uns aos outros. Os de cá nao se adaptaram e assim continuamos, aos trancos e barrancos, fuzzz de cá, patadas de lá…
    Sorte p/ vcs 😉

  4. Estou triste pelo gatinho cego sendo hostilizado e pelo outro desaparecido. Tenho certeza que esta mamãe de gatos quer o melhor para todos eles!
    Desejo que ele s se entendam e que fiquem todos bem juntos!
    Boa sorte!

  5. Ownnnnnn gatinho cego no divã, amooo!!!!
    A Luna aqui em casa tbm não se dá muito bem com os irmãos, não brigam mas tbm não são amigos, de vez em quando rola umas patadas mas nada sério…

    E quanto as soluções concordo com a Ethel: Borginho Crazy!!! kkkkkkk
    ri muito : “uma psicologia mais tradicional recomendaria é que você cegasse os outros dois para eles ficarem todos iguais”. Que maniaca!!!

    E acho que o senhor anda assistindo muito Chaves en!!kkk

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