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Entre o amor e a dor

Fãs,

“Tapa de amor não dói”, dizem os humanos. Resta saber se há, de fato, tapa de amor. Como não sou humano, não posso garantir. O que posso garantir é que arranhões e mordidas de amor doem, pois minha mãe grita. E se não doessem, posso afirmar que deixam marcas, pois ela está cheia de tatuagens de amor. Humanos dizem que há quem goste de apanhar. Como não sou humano, não posso afirmar. Porém, mães de gato, adoram se arranhar. Elas coçam a barriga dos filhos que, num impulso, lhe ficam as unhas e puxam sobre a pele. Se Deus fez os humanos, com certeza pediu a ajuda dos gatos para fazer as estrias, pois nós conseguimos facilmente deixar estas marquinhas como se fossem rios sinalizados num mapa. Não bastasse o amor e os arranhões, há também o orgulho: mamãe sempre exibe meus arranhões como  desenho que um filho humano faz no primeiro dia de aula. Ela diz: “Olha o que meu filho fez.” e mostra os braços. As pessoas exclamam: “Que isso!” , “Nossa, como pode?”, “Ai, meu Deus!” E ela diz: “É mesmo um artista esse meu menino.”

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato


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8 comentários em “Entre o amor e a dor

  1. Meus pezinhos estão sempre arranhadinhos… Pagu adora caçar os pés debaixo do lençol, edredom, cobertor…. Acho muito engraçadinha a ferocidade dela ao atacar o tão temível pé! As mãos nem sempre, sofrem com as mordidinhas de todos, mas já não ficam tão arranhadas assim!

  2. O Jake me morde de levinho…. Já o Thomas morde forte e brinca de lutinha comigo…quando dói eu mordo a orelha dele! Risos, daí ele me olha com uma cara de surpresa e para de me morder, hehehe

  3. Eu quase não tenho 🙁 Quando Diego era filho único ele judiava bastante dos meus braços e pernas, agora ele desconta nos irmãos rsrs

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