Estágio com bebê

Fãs,

Continuo nessa vida só sabendo o que é um bebê por foto. Talvez eu saiba quando nasça o feto da mamãe. Talvez nos cruzemos pela casa. Sim, porque aí é irmão, é da família, não posso evitar. Porém outros bebês, não. Não sei o que houve aqui, que bagunça se deu, sei que surgiu um bebê. Surgiu! Exato. Sabe quando tocam sua campainha e, de repente, entra um bebê? Foi isso. Corri pro quarto sem ver o que era. Bebês são perigosos, pois são humanos do tamanho de gatos, então podem entrar e subir nos mesmos lugares que nós para puxar nosso rabo, morder nossas cabeças. Pessoa e Christie, insanas e curiosas, quiseram ver um bebê de perto. Pessoa olhou bem nos olhos do bebê. E ele ria. “Era fofinho, Borginho, disse Pessoa.”Se engana ela, deveria estar debochando de nós. “Ele abriu os bracinhos e sorriu, nem dentes tinha”, completou Pessoa. Expliquei a ela que provavelmente tinha dentes, estava escondendo para mostrar quando ela chegasse perto. Segundo Pessoa, o bebê sorriu, sorriu, sorriu até que chorou. Chorou porque ja estava cansado de sorrir. A felicidade cansa, fãs. Nisso concordo com os bebês. Afinal, tudo cansa, os bebês cansam e, eu, não vou me cansar antes de ver o nosso bebê. Por enquanto, me abstenho. Mas minhas irmãs estão cada vez mais ansiosas.

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato