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História noir

Olá, amigos. Sou eu, a Christie, a gata detetiva;

Acordei de madrugada ao som do Borges me chamando:

– Christie! Christie!

– O que foi, Borges? Isso é hora?

– Há algo atrás de mim?

Pulei espantada: seria um assassino, um monstro, um fantasma?

De longe eu ouvia sirenes “ion, ion, ion, ion.” A noite estava dura como uma lata de atum, a escuridão era intensa até mesmo para um gato. A vizinha do lado ouvia bem alto um saxofone que se misturava ao som das sirenes. Lambi as patas e levei aos olhos para acordar.

– Do que você está falando, Borges?

– Há algo atrás de mim?

Olhei. De fato havia! Era um inseto.

-Um inseto?  Ele deve estar estar sugando todo meu sangue!!! Me ajuda!!!! – disse meu irmão correndo pelo quarto.

Acalmei-o. Assim que se sentou, pulei sobre ele e capturei o bicho. Mas, já estava morto.

– Isso, com certeza foi uma brincadeira do Grey. – Disse meu irmão acusando nosso tio felino.

– Huummm… eu não teria tanta certeza, Borginho.

– Por quê?

– Não há nenhuma evidencia de pelo do Grey em nosso quarto. Felinos são péssimos criminosos, sempre deixam provas.

– E o que pode ter sido então?

– Olhe o chão do banheiro! Está cheio de catnip.

– É que eu quis relaxar um pouco antes de dormir.

– Então está entendido.

– Não tem nada entendido, Christie!

– Tem. Você cheirou o catnip, ficou rolando pelo chão e matou o inseto com as próprias costas. O bicho acabou ficando grudado em seu pelo.

– É, faz sentido, como não pensei nisso?

– Elementar, caro irmão Borges. Há gatos que têm inteligência como você, mas há outros que tem esperteza. Esta sou eu.

Ass.: Christie: detetiva e gata

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Borges me chamando de madrugada
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O inseto nas costas do Borges
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Borges, de madrugada, rolando no catnip
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Christie, a gata detetiva

 

11 comentários em “História noir

  1. Christie vc é fera!!
    Aliás vc não quer vim aqui solucionar o caso de uma gatinha preta desaparecida?? hehe

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