Fãs,
“A existência é como um cio, como rio, como o fim dum exílio.”
(BATELLA, Juva. do Gato Ulisses as sete Histórias. p.27)
Ontem falei aqui que recebi, das mãos dos autores, o livro “do Gato Ulisses as sete Histórias”.
Li. Li assim tão de repente entre um sono e outro. Li rápido como o cio da vida. Se dissesse: “Viajei com Ulisses”, estaria mentindo. Prometi, ontem, ser sincero. Deixei Ulisses viajar sozinho. Sou dos gatos que se aventuram apenas pelo texto: fujo dos mares, dos aviões, das pessoas até. Ulisses, diferente de mim, é um viajante louco, embalado por rimas que o arrastam como uma correnteza. Eu, Borges, sou as últimas frases da página 53 do livro: “Se ele quiser que me mande embora; se não, minha quinta vida começa agora’. E dormiu, dormiu tão bem que nem precisamos de rimas.” Sou a ausência de rimas, o gato que não viaja, sou o cego da biblioteca, como Charlie que mora ali pela página 50, 52 do livro do Juva. Pois a vida é assim, uns viajam, outros ficam no porto pra dar tchau. Eu fico por aqui nesse porto, viajarei pelas linhas de Ulisses tantas vezes abra o livro. Mas, enviarei súditos para o lançamento: meu pai humano e minha humana mãe estarão lá na livraria para abraçar Juva, Karina e todos os fãs que aparecerem. Mando, por eles, minha saudação modesta: minhas maiores viagens fiz sem sair do lugar, graças aos que são como vocês, que saíram por mim.
Amanhã comento mais do livro. Até!
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato



Borginho,
Sou dessas: que ficam no porto para dar tchau.
Loviu.
♡♡♡
🙂
Adorei o texto e adorei você lendo para a Pessoa!
Ounnnn…Curiosa para saber como foi!!!