264

Não corro atrás de chinelo

Olá, fãs! Como vão?

Eu não corro atrás de chinelos. Sabe aquele ato que os humanos tanto gostam: pegar o chinelo, jogar longe e esperar o cachorro trazer de volta? Pois eu não gosto dessa brincadeira. Primeiro porque, apesar de eu emprestar os chinelos para os humanos, eles são meus, assim como tudo que há na casa (inclusive os humanos). Segundo, porque não vejo lógica alguma em alguém atirar os chinelos longe se depois vai querer de volta. Papai, quando eu era criança, e ele não sabia a diferença entre gatos e cachorros, bem que tentou. Ele jogava o chinelo longe, depois ia buscar. Jogava longe e ia buscar, e eu ficava ali, só olhando aquela sua estúpida diversão. Até que resolvi, já adulto, decretar: aqui ninguém joga chinelos. Deito sobre eles e deixo que usem só para que vão a outras partes da casa. Depois me devolvem e eu os cheiro. Trazem cheiros novos: cheiros da cozinha, do Grey, cheiros da varanda, cheiros de insetos, de folhas, de novos cimentos. Não corro atrás de chinelos, reafirmo. Mas os chinelos que correm pelo mundo sempre voltam pra mim.

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato

264

4 comentários em “Não corro atrás de chinelo

  1. Gente que doideira, nunca imaginei gato correndo atrás de chinela 0.o..
    Fazendo merchan para havaianas Borges?? kkkk

  2. “Não corro atrás de chinelos, reafirmo. Mas os chinelos que correm pelo mundo sempre voltam pra mim.”
    Affffffffffff……..
    Esse Borginho é poeta demais!!!!!!!!!!!!!!!!
    🙂

Deixar um comentário