Fãs,
“O cérebro humano serve para nossa cabeça não ficar vazia. (…) O cérebro humano serve para a gente ser o que a gente é. (…) E serve também para colocar e tirar os pensamentos lá de dento.”
(BATELLA, Juva. O Labirinto da Cabeça de Matilde.)
Acabei de ler o livro de capa laranja e dormi sobre ele. Sonhei que entrava pelo ouvido da minha irmã, Christie, enquanto ela também dormia. Tropecei ainda nos tímpanos e caí no grande vazio da sua cabeça. Flutuei feito um gato astronauta. Lá no cantinho, do tamanho de um amendoim, estava o seu cérebro. Pisei nele, pois a essa altura do sonho, eu já estava 50 vezes menor do que um amendoim. O cérebro da Christie possuía infinitos caminhos que levavam a diferentes salas, como a Matilde do livro que li. Havia a salinha das brincadeiras, em que Christie guardava suas imagens de perseguição a cadarços, bolinhas de papel e moscas zombeteiras. Havia o salão da fome, em que Christie deixava imagens dela comendo ração, comendo sachê, comendo cabelo, comendo papel, comendo qualquer coisa. Havia a imensa sala do sono em que Christie guardava vários “Z” enfileirados um atrás do outro. No centro do cérebro, vi uma sala especial, tão especial a ponto de ter uma placa: “SALA ESPECIAL”. Pensei: “o que poderia ser tão especial para Christie? O que poderia marcar tanto sua vida senão um irmão famoso, escritor e protetor?” Enquanto eu caminhava na direção da sala, me emocionei com a certeza que o espaço principal de suas memórias era meu. Entrei pela portinha dos gatos: era uma sala bonita, cheirosa e, no centro da sala que ficava no centro, guardava uma redoma de vidro: olhei-a fixamente. No espaço mais especial de todos, lá estava: não era ração, não era sachê, não era sofá, não era mamãe, não era papai. Tampouco era eu. Lá estava uma lata de atum.”
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato


Eu sei bem o que eh isso , no centro da minha sala especial há uma barra de chocolate
Borges que decepção. Não pensei que voce fosse machista e preconceituoso. Tomara que quando ela ler lhe de umas patadas. FuzZzz…
Uma latinha de atum!! Amei!
Hahaha! Uma lata de atum???
Meio decepcionante………
Ps: “zombeteiras”!!! Ainda bem Borginho que vc reaviva meu vocabulário e não permite que seja feita uma lavagem cerebral pela internet e seu “internetês” como flw, véi, blz, kirida, etc… Gatidade tb é cultura.
🙂
kkkkkkkkkkkkkkkkkk isso aí. Realmente Borginho ajuda mesmo.
Lembrei até da época que ainda faziam ditado na escola.