Olá, fãs!
E as aventuras no quarto da bagunça continuam. Christie e eu passamos o dia ajudando o papai na desarrumação e arrumação das coisas. Papai me ensinou que arrumar é conversar com o passado:
– Achamos dinheiro, pena que era cruzeiro e já tinha saído de circulação.
– Encontramos o corpo da bisavó do papai.
– Um fêmur de T-Rex.
– Uma cueca de Napoleão.
– Um dente arrancado por Tiradentes.
– Um hashi usado pelo exército japonês na Segunda Guerra Mundial.
– Muitos Comandos em Ação.
Christie e eu percebemos como os humanos são capazes de acumular coisas. Eu, por exemplo, se faço uma mudança, só precisaria levar comigo meu pote de ração e minha areia higiênica. Nós não guardamos passados, o passado é igual ao presente que é igual ao futuro… para os humanos não. Foi uma das coisas que aprendi com a linguagem. Para me comunicar com eles, precisei aprender futuro e vários futuros (imperfeito, subjuntivo…) e vários passados (perfeito, mais que perfeito…). Se a linguagem fosse dos gatos, só teria presente, pois ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa.


Correndo o risco de ser repetitiva, suas palavras me comovem. Me conduzem para o mundo da humanidade, sob o ponto de vista felino – que não é nem humanidade, nem Gatidade. E assim, a humanidade do meu mundo fica mais felina. Muito mais interessante… Obrigada. De novo.
Mas que bagunça Borges… Toma cuidado para vocês não irem no meio da mudança…
Hahahah!!!
Só vi os olhinhos da Christie!!!
😛
Ainda bem que vocês ajudaram!