401

O único porquinho

A biblioteca aos poucos vai se remontando, cada hora um livro novo está de pé, como que se reorganizasse sozinha. Debaixo dos livros encontramos Oinc-Oinc. Soterrado por livros é uma forma que eu gostaria de morrer ou afogado neles, como Tio Patinhas em moedas.

O porquinho de barro disse ter tirado do subterrâneo literário muitas lições e que tinha percebido que a primeira prateleira só possuía livros infantis: “Sobre estes livros se apoiam todos os outros. Lerei um para vocês.” Christie encostou sua cabeça no ombro imaginário de Oinc-oinc, eu deite-me ali por perto. Ele nos leu Os Três Porquinhos. Nos divertíamos, mas Oinc lia com a voz embargada, ao final chorou de emoção. “Toda vez que leio esta história choro, pois imagino como devem ser os parentes que nunca conheci e fico triste porque são perseguidos por um Lobo. Agora, Borges e Christie, vivo o dilema: como vou abrir o livro e ler a história dos Três Porquinhos para matar a saudade, se todas vez que a leio acabo colocando-os em perigo, pois aparece o Lobo Mau fazendo as mesmas coisas?”

Eu não soube o que lhe responder.
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato

 

401
O cavalinho Rocinante, Christie e Oinc-Oinc lendo!
401
Eu, Rocinante, Oinc-oinc e Christie!

 

3 comentários em “O único porquinho

  1. Oinc-Oinc inteligente demais!
    Fiquei com dó dele, apesar que melhor ler mesmo ficando triste do que não ler.
    Fiquei curiosa pra ver a estante com tantos livros! *_*

Deixar um comentário