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Olho o terror de longe

Fãs,

Pela TV e pela internet acompanho tudo. De longe, pouco entendo. Me sinto diante daquela máxima socrática que nem gosto muito, mas tenho que usá-la: “sei que nada sei, mesmo assim não tenho certeza.”

Ali onde vai a lupa, diz-se: “foi o Isis.” Imagino, dentro do Isis, uns queriam explodir a França, outros os EUA, outros queriam esperar mais. E um grupo diz: “Viu?Deu certo, fomos nós e não tu”. Os que estão mais distantes, dizem, “foram os muçulmanos”. E tantos são os muçulmanos, em sua maioria pacifista, em sua maioria contra o terrorismo. E quem olha mais de longe ainda, diz: “são esses árabes”e esquecem dos árabes que só nasceram árabes, mas até ateus são. E quem olha mais de longe, como eu que sou gato, já não consegue diferenciar nada, diz apenas: “são os humanos, eles que causam as guerras, eles que matam, eles que derramam sangue.”Pode ser que mais de longe, bem de longe, olhe algum alienígena que diga: “são os terrestres que fazem a guerra.”e neste mesmo saco estão os humanos, os gatos, os ratos, os elefantes, as plantas e tudo mais. E talvez haja alguém, ou alguma coisa, que olhe de longe, bem de longe mesmo, e a única certeza é que, como as coisas vão, nunca vai se aproximar.

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato

 

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6 comentários em “Olho o terror de longe

  1. Borges, sabe o que é pior? Quando esse terror entra em nós, apavora e paraliza. Mesmo quando estamos longe… Porque ainda somos humanos. Mesmo quando não parecemos com um…

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