“Então olhou para mim. Pensava que olhava para mim pela primeira vez. Mas então, quando se virou por trás do abajur, e eu continuava sentindo sobre o ombro, nas minhas costas, seu escorregadio e oleoso olhar, compreendi que era eu quem a olhava pela primeira vez. ”
(Gabriel García Marquez – Olhos de cão azul)
Christie me olhou como um personagem de García Marquez:
– Borginho, como são verdes seus olhos, né?
– E os seus amarelos.
– Amarelos????
– São, Christie.
– Achei que fossem coloridos.
– Por quê?
– Porque eu vejo o mundo de várias cores, oras. Como podem ser amarelos e eu ver o mundo colorido?
– É que as suas lentes não são as cores?
– Não?
– Suas lentes, Christie, são o fato de você ser felina. Você vê o mundo com as lentes da felinidade.
– Ai, como assim, Borginho, não entendi?
– Quando você vê um sofá, você não vê um lugar para sentar, vê para arranhar. Quando você vê um fio, você vê uma caça. Quando você vê uma caixa de papelão, você vê uma cama. Esta é a lente gatal.
– Ah, entendi… Borginho! Borginho! O que são aqueles homens brigando lá embaixo do prédio?
– Não vejo, Christie, aprimorei minhas lentes.
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Preciso.dessas.lentes.gatais.
Urgentemente.
😉
lindo!
Ai Borginho o que tu tá fazendo sem um livro ainda hein? Escreve demais!!!
E outra como eu consigo passar dias sem ler você? Deve ser esse o motivo da minha irritação do dia a dia.kkkkkk
Verdade Paola!
Como vc consegue ficar sem ler o Borges diariamente?
Aliás, como ousa?????? rs
Bom te ver!
😉
“Como ousa?” foi ótimo kkkkkkkkkkkkkk
Vou ter que rever isso aí.
E desculpa por encher sua caixa de email de comentários de uma vez.
Hihihi, como diz a Christie…..
Não se preocupe, eu adoro ler os comentários!
Alguns pensam como eu, outros de forma totalmente oposta… e ainda assim somos ligados pela literatura felina!
🙂