O coração de Drummond pergunta em seu poema das sete faces: “Pra que tanta perna, meu deus?” Eu pergunto justamente o contrário.
Eu tenho quatro pernas, Christie também. As cadeiras, cada uma das seis, possuem quatro. A mesa, quatro pernas também. E por que meu pai e minha mãe só possuem duas? Pernetas! Sim, pois é assim que os humanos chamam quem só tem uma perna, eu chamo aqueles que só têm duas. Má formação genética, já nascem assim e usam as outras supostas pernas para meter na comida e assim sujar tudo. São imundos, não sabem que as mãos são sujas e que comida deve ir direto à boca. Mas eles pegam as coisas…
Aqui em casa, não somos como os humanos que excluem os diferentes. Pelo contrário, aqui em casa somos inclusivos. Fazemos reunião: Christie, eu, cadeiras, mesa para debater como será nossa postura com relação aos pernetas.A cadeira é sempre a mais gentil: “como eles só têm duas, vou deixar que usem as minhas, podem sentar à vontade”. A mesa deixa que apoiem qualquer tipo de coisa sobre ela: “sou mais equilibrada!” Christie e eu não deixamos que sentem sobre nós, que apoiam coisas, nada. Apenas damos amor, pois é o que precisa um ser que nasce com a dificuldade de se equilibrar apenas sobre duas pernas.
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato
Ai Borginho que lindo!!!! Sim, vcs nos dão o que mais precisamos para nos equilibrar: amor.
Genial!
Gatos são grandes pensadores.
Alguns têm a sorte de conviver com pessoas que ouvem seus pensamentos.
Lindo demais Borginho!
Amor de gato me completa. : )
Abusado!! :-)))