Fãs,
Pois há um momento em que precisamos do nosso próprio espaço. A caixa de papelão é um refúgio, é nosso abrigo: como o vagão feminino do metrô, como as igrejas batistas do Harlem, como a Liberdade dos japoneses. A caixa de papelão é um mundo nosso, livre de humanos. O gato que nela entra sabe que é como entrar no armário que leva à Nárnia, como entrar num cérebro de Quixote, como viajar com Barão de Munchausen. Todos nós temos nossa caixa de papelão: alguns o sofá de casa, outro os braços da esposa, ainda outros a garrafa de cachaça. Há momentos que são só nossos e vão além de estar de cócoras na caixa de areia: são momentos em que nos encontramos conosco e nos fazemos companhia. Nestes segundos todas as solidões são acompanhadas de egos e nos bastamos para logo depois voltar ao mundo a todos os outros segundos do relógio.
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato
Tá demais tu viu? “são momentos em que nos encontramos conosco e nos fazemos companhia” Muito nesse momento. Anotado no meu caderninho. Lindo! *_*
Concordo totalmente, Borges. Às vezes, a solidão, o recolhimento, é necessário. A imagem “cócoras na caixa de areia” foi perfeita!
Garrafa de cachaça??
Hahahah!!!
😛