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Sem teto de papelão

Fãs,

Estava eu, Borges, em meu lugar, quando veio Pessoa me perturbar. Disse ela que a casa era dela. Eu disse que queria que ela me fizesse companhia. Pessoa alegou que a casa era pequena demais para nós dois. Eu disse que não sairia por bem, pois ela me pôs pra fora por mal, entre patadas e miados. E fui pro tapete, sem teto de papelão, logo eu que sou devoto de tetos de papelão. Pessoa foi pra dentro da casa. Dormiu, vigilante. E eu esperava que Christie viesse e tudo mudasse, pois com uma gata, só pode outra gata. Eu não, eu estava em meu lugar, que já não era a caixa de papelão, era apenas o tapete, mas me encostava, do lado de fora, pois o que Pessoa não sabe, é que o papelão tem dois lados e, por mais que me expulse, ou me ponha pra dentro, um deles será sempre meu.

Ass. Borges, o gato

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3 comentários em “Sem teto de papelão

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