Spoiler: Spoiler tem origem no verbo spoil, que significa estragar. É quando alguma fonte de informação, como um site, ou um amigo, revela informações sobre o conteúdo de algum livro, ou filme, sem que a pessoa tenha visto.
No final eu morro. Sobem talvez algumas letrinhas brancas como nos filmes. Não sei. Como personagem da minha própria vida, quando eu morrer, provavelmente não vou ver sequer as tais letrinhas. Falo isto, pois não sei por que as pessoas se irritam tanto quando se revela o final de histórias. O final é sempre o mesmo: todo mundo morre. Aí você diz: “ah, não Borginho, no final do meu livro eles viveram felizes para sempre ou o criminoso foi descoberto ou o herói salvou a cidade.” Isto pode ser o fim do livro, do filme, mas não é o fim da história. Pois Branca de Neve casou com o príncipe e um dia ambos morrerão. O criminoso foi preso, porém mais umas dezenas de anos e ele morrerá e morrerá o policial que o prendeu também. O herói salvou a cidade, pois salvou por alguns anos, pois daqui a alguns outros anos todos estarão mortos de uma forma que não poderão ser mais salvos. É assim. O que dá emoção é o meio, não o fim. E todas as histórias de livros, filmes, contos são só o meio. Um recorte na grande história do mundo. Dizem que os fins justificam os meios, mas os fins se justificam por si só. Os humanos são obcecados por finais, deveriam ser obcecados pelos meios, pois é o meio que faz a história. Eu gostaria de ver um dia um humano sentar ao lado de outro e dizer: vi um filme sensacional, o clímax da história é quando bla, bla, bla. Mas só ouço: “caramba, final emocionante, não vou nem te contar!” Quero que me contem todos os fins e meios de histórias do mundo e que em sua obsessão, os humanos lembrem algo também do começo. Exato, o tão importante começo quando o mundo nos é apresentado e somos apresentados ao mundo. Temos perguntado tão insistentemente pra onde vamos e acabamos esquecendo de perguntar de onde viemos.
Borges, o gato – @borgesogato
Fotos de Renéé D’Ávila – Contato profissional: reneefotografa@gmail.com
Flickr com seus trabalhos: http://www.flickr.com/photos/reneedavila
Borginho, o meio é q faz a história… então, vc é o meio de nossas vidas de fãs… não existiríamos, não fosse por sua doce, companheira e silenciosa existência… não nos conectaríamos. Nosso ‘meio’ seria uma insípida humanidade. Sua felinidade tem nos possibilitado vislumbrar a Gatidade… por isso e por tudo sou grata… bjs carinhosos pra vc, Christie e Grey
Borginho, seu sábio!!!
Concordo com vc… O meio é muito melhor que o fim.
O sanduíche por exemplo: no meio tem o recheio, muito mais saboroso que as beiradas de pão xoxo. A pizza: as bordas geralmente ficam ressecadas, sem graça, enquanto o meio está cheio de queijo derretido, te convidando para mais uma mordida…
O meio é a vida. O fim é a morte…
Né?
🙂
Mesmo sabendo que morte é inevitável ainda acho que o fim é triste. Por isso ultimamente tenho mesmo me apegado ao meio, aproveitando cada momento.
Sempre me deixando pensar mais né Borginho?