655

Um entretenimento matemático

Fãs,

Embora meu forte seja a literatura, sempre gostei de matemática. Puxei à mamãe. Papai não sabe calcular sequer quanto é um mais um. Ele compra os sacos de ração e, se dão troco errado a ele, nunca percebe. Já eu, gosto de calcular e sou calculista. Observo minuciosamente a vida e calculo friamente meus movimentos. Creio que matemática e literatura tem muito em comum: quantas sílabas poéticas, quantos versos, quantas estrofes, quantos parágrafos, quantas páginas. Há um ritmo matemático na literatura. Matemática é entretenimento. Fico brincando com os cubos de tetris que mamãe comprou para eu me distrair, fico ali calculando seus ângulos, realizando encaixes, calculando a área de diferentes territórios. Meu pai, invejosamente, vem interromper meu raciocínio: “filho, vamos brincar de pegar barbante?”, “Não, pai, hoje prefiro ficar aqui com meu tetris, você não pode calcular o quanto gosto disso.”, “Não posso mesmo, filho!”

Ass.: Borges, o gato – @borgesogato

 

654

655

6 comentários em “Um entretenimento matemático

Deixar um comentário