Pendurado no cabideiro de minha sala, há uma relíquia: é uma boina que pertenceu ao avô, do avô, do avô de meu avô. Huuummm… acho que fui longe demais. Aí seria um elmo e não uma boina. Mas digamos apenas que é de um parente distante. Como não temos dinheiro, a boina é a herança que meu pai me deixará. “Borginho, herdarás a boina quando eu morrer.” Perguntei a ele para que quero uma boina, mas meu pai quando é contrariado, fica automaticamente surdo: “O que você disse?” E eu falei: “Pra que quero o raio dessa boina?”, “O que você falou?” Desisti. Papai pegou a boina e colocou na minha cabeça: “Pronto, parece um homem de verdade agora!” Ele tinha esquecido que eu era um gato. A boina caiu sobre meus olhos e eu esbarrava com a cabeça nas paredes quando tentava andar com ela. Cego, dei cabeçadas na parede e doeu. Pensei: fosse de fato do avô, do avô, do avô de meu avô, seria um elmo e eu poderia bater a cabeça à vontade. Provavelmente, assim que morra meu pai, utilizarei a boina para não desapontá-lo, mas não como chapéu e sim como pote de comida.
Ass.: Borges, o gato – @borgesogato
Ai , Borges só vc mesmo rsrsrsrsrs 🙂
Ficou um gato com a boina!
E eu fiquei aqui imaginando tu com um elmo…ai ai
kkkkkkkk, kkkkkkk, kkkkkk… 😀 Me acabei de rir aqui, só que fiquei imaginando ela como pote de comida, kkkkk, kkkk… Que herança heim! 😀