Fãs,
Gosto de deitar-me sobre as mochilas. São objetos interessantes, vão pelo mundo sempre atrás de alguém. Nós gatos ficamos, elas se vão. Acompanham os humanos ao trabalho, a outros países, a lugares que conheço por imaginá-los. Gosto de viajar em mochilas. Não dentro. Sim fora. Ao deitar, deixo meu pelo. Por mais que se tente tirar, ficam ali encravados, prontos para saltar só quando quiserem, como paraquedistas num avião. Papai a coloca nas costas e se vai. Pelo caminho, vou ficando. Ou melhor, meus pelos, que sou eu. Borges vai sendo deixado por todo lado. Papai entra no carro e há pelos grudados no banco em que apóia a mochila. Anda até o trabalho e pelos vão caindo à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, nas calçadas do Jardim Botânico. Diz-se por aí que há pelo meu nas palmeiras imperiais, nas vitórias régias, no orquidário. Há pelo também nas cadeiras do trabalho do meu pai, da minha mãe, na igreja do meu tio humano, no médico da vovó, nos cinemas, nos bares, nos bancos das praças. Outro dia, minha mãe esteve no dentista, olhou para a cadeira e lá esteva um pelo meu, teve certeza: “ah, foi nesse dentista mesmo que meu marido esteve”.
Ainda bem que foi no dentista!
uahuahuhuahuhahau, borginho vc é muito espirituoso!
KKKkkk… pena que não são como sementes. Já pensou vários Borginhos brotando onde param os pelos? Eu quero pelos do Borginho!!!
kkkkkkkkkkkkkkkk
Billy adora uma mochila também e de entrar nelas também para fuçar.
Oi, em casa tambem é assim, minha pretinha dorme em cima da minha mochila, quando quero sair tenho que pedir licensa…ahahaha…acho que tem os vários cheiros que trazemos da rua, assim como os sapatos, tem gatos que adoram se enfiar nos sapatos quando os tutores chegam da rua…ahaha…pra variar, ótima reflexão…
Em tempo… Vi um documentário norte-americano em que um casal de gays tinha um pitbull, aí eles brigaram e um deles sumiu, só foi localizado graças a um pelo do pitubullque foi farejado pelo cão da policia e que tinha ficado grudado em sua meia…ele foi assassinado pelo outro e enterrado no deserto…macaaabrooo….
Que lindo Borges, adoro o jeito que vc viaja, que vc imagina o mundo..Belo texto branquelo!!
E será que tem pelo seu por aqui, quem sabe os ventos não trouxeram algo?!